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O ciclo atual está realmente no fim?

  • Bruna 
Ainda Vale a Pena Investir em Cripto em 2025? Veja Agora

Desde o fundo do mercado em novembro de 2022, o Bitcoin já valorizou mais de 400%. Para muitos, parece que o trem já partiu — aquela velha sensação de que se perdeu o timing da entrada ideal. Mas o cenário é mais complexo. Assim como em ciclos anteriores, essa alta pode estar apenas entrando em sua fase madura, e não no fim da linha. E vale lembrar: quem aposta em ativos de risco como o jogo mines aposta sabe que o tempo de entrada nem sempre é mais importante que a disciplina no longo prazo.

Segundo Chris Kuiper, diretor da Fidelity Digital Assets, esse ainda pode ser um bom momento para quem pensa a longo prazo. Ele observa sinais de uma nova fase de adoção — uma que não gira apenas em torno de preços, mas de integração com o sistema financeiro global. A presença de Bitcoin em balanços corporativos e as discussões sobre reservas nacionais com cripto reforçam essa ideia de que estamos apenas no começo de algo maior.

Portanto, o fim desse ciclo pode não significar o fim das oportunidades. Muito pelo contrário: se 2025 se consolidar como o ano da expansão institucional, o que estamos vendo agora pode ser só o aquecimento para uma nova era no mercado cripto.

O que pode mudar com novas políticas?

As recentes movimentações políticas nos Estados Unidos têm empolgado o setor de criptoativos. A proposta de criar uma reserva nacional de Bitcoin, defendida por figuras como Michael Saylor, coloca os ativos digitais em outro patamar de legitimidade. Isso, somado à atuação da nova Crypto Task Force da SEC, sinaliza que Washington está se organizando para oferecer regras mais claras e atrativas para o setor.

Há projetos de lei em tramitação que podem redesenhar o mapa regulatório. O GENIUS Act foca em estimular a inovação. Já o STABLE Act trata da supervisão de stablecoins. O mais ambicioso deles talvez seja o FIT21, que visa estabelecer um marco legal abrangente para todo o ecossistema cripto. Se aprovadas, essas leis dariam segurança jurídica para empresas, investidores e até governos estaduais — alguns, inclusive, considerando criar suas próprias reservas em BTC.

A clareza regulatória é um divisor de águas. Em um ambiente menos nebuloso, investidores institucionais — como fundos de pensão e grandes bancos — podem se sentir mais confiantes para operar com cripto. E isso tem um efeito direto sobre liquidez, estabilidade e até mesmo sobre a criação de produtos financeiros tradicionais com base em criptoativos.

Ainda que o cenário geopolítico traga incertezas — como a pressão provocada por tarifas comerciais e conflitos —, o setor vê com bons olhos essa guinada nos EUA. Se o discurso pró-cripto se traduzir em ações efetivas, o impacto pode ser duradouro. A confiança institucional pode crescer justamente num momento em que o setor busca se distanciar do caos de ciclos anteriores.

Ainda há oportunidades além do Bitcoin?

Com o Bitcoin batendo recordes e superando os 60% acima do topo anterior, fica difícil ignorar o domínio absoluto que ele exerce sobre o mercado neste ciclo. Em contrapartida, nomes como Ethereum, Solana e outras altcoins continuam lutando para recuperar os níveis de 2021. Esse contraste acende uma pergunta justa: ainda existe espaço para as altcoins brilharem?

Até agora, não vimos o típico “altseason”, aquele momento em que os preços das altcoins disparam muito acima do Bitcoin. Parte disso se explica pelo apetite institucional, que tem sido quase exclusivamente voltado ao BTC. ETFs à vista, fundos de pensão e até tesourarias corporativas estão comprando a criptomoeda original — enquanto o restante do mercado segue em segundo plano.

Mas isso não quer dizer que o jogo esteja perdido. A tokenização de ativos do mundo real (RWAs), como imóveis, ações e títulos públicos, está ganhando força. Grandes bancos e gestoras estão criando produtos digitais baseados em blockchain, e muitos deles nem envolvem o BTC. Esses ativos tokenizados têm menos volatilidade e mais uso prático — o que pode atrair outro tipo de investidor.

Os produtos financeiros integrados ao sistema tradicional, como fundos de investimento, carteiras 401(k) com exposição cripto e derivativos regulados, estão abrindo caminho para nichos específicos. Nesse cenário, as oportunidades podem não estar nas moedas mais populares, mas sim em protocolos sólidos que oferecem soluções reais para problemas concretos.

Quem busca hype vai continuar encontrando no Bitcoin. Mas quem olha para fundamentos, tecnologia e soluções de longo prazo pode encontrar bons ativos fora do radar. Em 2025, talvez a grande aposta não esteja no palco principal — e sim nos bastidores mais silenciosos.

Nem cedo, nem tarde: é sobre estratégia

Não importa se você começou agora ou se já acompanha o mercado há anos — entrar no momento ideal raramente é tão importante quanto ter clareza de onde quer chegar. O segredo está em saber o que você quer com seus investimentos e como o mercado pode ou não te ajudar a chegar lá.

Muita gente ainda pensa em cripto como aposta rápida, mas o cenário atual exige mais paciência. Com o avanço das CBDCs, a profissionalização das plataformas e a regulação em andamento, o espaço para movimentos explosivos diminui. Em contrapartida, cresce o espaço para quem sabe usar a estratégia ao seu favor, seja acumulando aos poucos, seja esperando os períodos de baixa para aumentar posição.

Um exemplo disso é o uso de stablecoins como reserva de valor em mercados instáveis. Elas também têm ganhado destaque em plataformas de empréstimos descentralizados e em remessas internacionais, por oferecerem mais estabilidade e menor custo. É o tipo de ferramenta que permite estar posicionado no ecossistema sem se expor totalmente à volatilidade.

Mais do que acertar o timing, o momento é de olhar para o todo e entender que o mercado está se consolidando. Tokenização corporativa, integração com o sistema financeiro tradicional e novas camadas de utilidade mostram que a criptoeconomia está longe de acabar — só está mudando de forma.

Bruna

Bruna

Redatora do site Designer Tours, gosto de televisão, cinema e viagens. Estou sempre disposta a compartilhar conhecimentos e ideias.

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